Título:Suprageneralização na aquisição de causativas: sob um olhar da Morfologia Distribuída
Orientador: Márcia Dâmaso
Páginas: 201
Linha de pesquisa: Gramática na Teoria Gerativa
Os objetivos desta tese foram: (i) analisar a questão referente à suprageneralização das estruturas causativas, observada na aquisição do PB como L1, à luz dos pressupostos teóricos da Morfologia Distribuída; e (ii) oferecer um conjunto de dados detalhado e organizado, englobando não só os desvios causativos, mas também outras construções já adquiridas pelas crianças em fase de aquisição. Foram três as fontes de dados infantis aqui utilizados: (i) Figueira (1985) que engloba enunciados de Anamaria entre 2;7 e 5;0 anos; (ii) os dados por nós coletados de Igor e Gabriel que abrangem o período de 1;7 até 8;6 meses. Através da observação e análise dos dados referentes à suprageneralização das estruturas causativas, alcançamos as seguintes conclusões sobre a aquisição da estrutura argumental dos predicados: (i) o conhecimento da estrutura argumental está dissociado do conhecimento das propriedades específicas dos verbos empregados; (ii) o argumento externo não é selecionado pela raiz lexical, mas sim por um morfema funcional; (iii) a raiz lexical seleciona argumentos internos; (iv) através do uso supérfluo do verbo “fazer” para a expressão de causa direta, percebe-se que o morfema funcional Causa é o mesmo nas causativas lexicais e nas causativas sintáticas; e (v) as crianças têm conhecimento dos morfemas da Lista 1, mas desconhecem as condições de licenciamento das raízes na Lista