Sobre a construção das teorias do acento em uma perspectiva formal: Da fonologia gerativa clássica à Teoria da otimalidade

Orientador: Prof(a). Dr(a). Marilia Lopes da Costa Facó Soares

Páginas:237

Resumo

Neste trabalho, nos propomos a desenvolver uma progressão linear da construção das
teorias do acento dentro da fonologia gerativa. Para conseguir desenvolver aquilo a que o
texto se propõe, selecionamos uma quantidade de textos seminais no tratamento do acento,
desde Chomsky (1951) até o panorama teórico da Teoria da Otimalidade (McCARTHY &
PRINCE, 1993b; HYDE, 2001). Nosso foco no tratamento do acento repousa no dispositivo
de análise chamado Grade métrica, que foi proposto por Liberman (1975) e Liberman e
Prince (1977).
Esta dissertação tem “dois momentos, relativos a uma divisão, concebida por nós,
desta sucessão linear: de um lado, o período da fonologia gerativa anterior às grades métricas,
cunhado “momento Pré-Grade”. Neste espectro temporal, textos escritos por Morris Halle, e
seus parceiros acadêmicos Noam Chomsky e Roman Jakobson, foram escolhidos para
representar este “momento Pré-Grade”, que culmina em Chomsky & Halle (1968). Há
também uma terceira parte, que diz respeito a objetivos futuros desta dissertação: enquadrar a
análise da grade métrica dentro da OT. Especificamente, dentro do Serialismo Harmônico

(McCarthy, 2000; 2009). Nesta terceira parte, também estão as considerações fiansi gerais da
dissertação, que dialogam com a “proposta futura” descrita anteriormente.
Em outra perspectiva, um momento chamado “Pós-Grade”, que é encabeçado por
Liberman (1975) e Liberman & Prince (1977), que construíram o panorama teórica da
Fonologia Métrica, que consiste de um sistema não linear de representação de padrões
acentuais decorrentes da relação entre constituintes rítmicos. Este período de tempo culmina,
de acordo com nossa seleção de fontes, em Hyde (2001), que construiu uma teoria racional
sobre a gramática dentro da Teoria da Otimalidade.
A geografia deste texto consiste em três partes, cada qual dividida em capítulos. A
primeira parte tem três capítulos: um é relativo ao contexto teórico da fonologia gerativa
anterior a SPE (CHOMSKY & HALLE, 1968). O segundo capítulo diz respeito a SPE em si.
O terceiro capítulo são as “considerações epistemológicas”.
A segunda parte versa sobre o desenvolvimento da Teoria Métrica e tem cinco
capítulos: 1) sobre Liberman & Prince (1977); 2) sobre Prince (1983); 3) sobre Halle &
Vergnaud (1987) e, como quarto capítulo, discorremos sobre a versão baseada em regras da
Teoria Métrica (e também McCarthy & Prince (1993)). O quinto capítulo diz respeito às
considerações epistemológicas relativas a este período da fonologia gerativa. Assim, este
trabalho combina História da ciência com Filosofia da ciência na tentativa de análise
linguística, especificamente na análise do tratamento do acento dentro da fonologia gerativa.

Categorias: Dissertações
Autor: Felipe da Silva Vital