Título:Implicações teóricas dos verbos leves para o estudo de estrutura argumental
Orientadora: Miriam Lemle
Páginas: 129
Linha de pesquisa: Mecanismos funcionais do uso da Língua
O objetivo desta Tese foi restringir as diferenças semânticas básicas na polissemia de verbos leves às suas configurações sintáticas que, potencialmente, podem fazer surgir significados. Estudos formais tentam classificar e conceituar a categoria dos verbos leves. Surgem importantes contribuições para o campo a partir de trabalhos Lexicalistas, como os de Grimshaw e Mester (1988) e Butt (2010). Esta Tese pretende refinar a análise para classificar verbos leves, partindo de referências teóricas construcionistas. Para isso, apontarei problemas nas análises dos trabalhos citados. Mostrarei que possuir ou não uma semântica plena não diz respeito a uma potencialidade inerente à raiz ou mesmo ao complexo raiz e verbalizador, mas a potencialidades configuracionais da estrutura argumental. É um fato que haja menos conteúdo semântico no verbo leve, mas não é possível precisar o tamanho ou a parte do conteúdo semântico que falta. Conseguimos compreender a diferença entre “tomar banho” e “dar banho”, porém isso não faz parte de uma potencialidade da raiz, mas do evento sintático. Uma característica interessante que foi observada é que verbos leves precisam estar inseridos em uma estrutura de evento e, a partir dela, será possível o surgimento do significado para a construção em que o verbo leve está inserido