Fonologias de língua macro-jê: uma análise comparativa via teoria da otimalidade

Título:Fonologias de língua macro-jê: uma análise comparativa via teoria da otimalidade
Orientador: Marília Facó
Páginas: 178

Linha de pesquisa: Estudo das Línguas Indígenas Brasileiras

Neste trabalho, tratamos da questão da variação entre línguas Macro-Jê, sobretudo dentro da família Jê. Examinar diferenças e semelhanças entre línguas deste tronco – mais particularmente dentro da família Jê -, sobretudo no que concerne à formação silábica, utilizando, para isso, o instrumental teórico da Teoria da Otimalidade (OT, Optimality Theory, Prince & Smolensky, 1993 e McCarthy & Prince, 1993). Discutimos também alguns aspectos fonológicos de línguas desse tronco. As línguas aqui analisadas são: Kaingáng, Parkatêjê, Apinajé, Mebengokre (Família Jê) e Krenak (Família Botocudo). Guiando-nos dentro da OT, tentamos indicar quais são as restrições prosódicas respeitantes à silaba – sobretudo aquelas que se baseiam em traços fonológicos – pertinentes a essas línguas e procuramos abrir caminho para a revelação de uma gramática fonológica (em termos otimalistas) da língua que lhes deu origem: o Proto-Jê.
No que tange à nasalidade, examinamos a existência de segmentos de contorno nasal e seus reflexos sobre a configuração silábica e sobre as restrições que comandam essa configuração. Algumas restrições mostraram ter importante atuação nessas línguas, como as restrições da escala de sonoridade e daquelas derivadas de Princípio do Contorno Obrigatório. Atestamos, por exemplo, que essas restrições atuam na formação de onset complexo nessas línguas. Em relação à escala de sonoridade, discutimos sua interpretação diante de segmentos em contorno nasal.

Categorias: Teses
Autor: Gean Nunes Damulakis