Orientador: Prof(a). Dr(a). Tania Conceição Clemente de Souza
Páginas: 123
Resumo
Os povos indígenas da Família Linguística Tukano Oriental vivem às margens do Rio Uaupés e seus afluentes, no município de São Gabriel da Cachoeira, na região do Alto Rio Negro, também conhecida como Cabeça do Cachorro, a região mais plurilíngue de todo território nacional, pois a maior parte deles são falantes de suas línguas nativas, embora, alguns destes povos já não mais utilizem suas línguas ancestrais no cotidiano de suas comunidade, pois muitos, por influência dos internatos salesianos, deixaram de falar suas línguas autóctones, passando a utilizar o tukano como primeira língua. Mas, todos os povos da calha do rio Uaupés e seus falantes têm o português como língua adicional. Nossa pesquisa tem por objetivo verificar se há interferência da L1 aquisição português como língua adicional e se este processo de aquisição também é restrito pela GU para os referidos povos. Analisamos, portanto a interlíngua dos povos da Família Linguística Tukano oriental no processo de aquisição do português, observando como se dá este processo, aqui verificaremos se os evidenciais da língua tukano são produzidos pelos adquirentes ao longo deste processo, e como se dá sua materialidade discursiva na língua adicional, isto é o português falado pelos Tukano, no dizer dos referidos povos, o Portukano.
Palavras-chave: Línguas Adicionais; Interlíngua; Evidencialidade; ENEIDA ALICE TESEPortukano