Marília Lopes da Costa Facó Soares é Professora Associada IV do Museu Nacional/UFRJ e Pesquisadora nível I-C do CNPq. Doutora na área de Linguística (UNICAMP, 1992), sua tese de doutorado versou sobre a língua Tikuna, que, falada pelo maior grupo indígena da Amazônia brasileira, possui também falantes no Peru e na Colômbia. Prossegue com suas investigações sobre essa língua e conhece línguas da família Tupi-Guarani, assim como línguas da família linguística Pano. A tese de doutoramento defendida em 1992 foi publicada em livro: “O Supra-segmental em Tikuna e a Teoria Fonológica”. Volume I: Investigação de Aspectos da Sintaxe Tikuna. CAMPINAS : UNICAMP, 2000, v.1. p.185. Autora de 31 artigos completos publicados em periódicos e 26 capítulos de livros das áreas de Letras e Linguística, participou da organização de dois livros e de três livros de anais de congressos. Orientou 9 teses de doutorado, 12 dissertações de mestrado e finalizou ainda 1 co-orientação de doutorado e 1 co-orientação de mestrado, sendo em número de 23 os trabalhos de conclusão no âmbito da pós-graduação stricto sensu. Teve 12 bolsistas de iniciação científica com orientação concluída, além de ter concluído 02 supervisões de pós-doutorado. Atualmente é orientadora de 3 teses de doutoramento, 1 dissertação de mestrado e 2 bolsistas de iniciação científica (PIBIC/CNPq). Foi Presidente da Associação de Estudos da Linguagem do Rio de Janeiro – ASSEL-Rio (1995-1997), Diretora Adjunta de Ensino e Pesquisa do Museu Nacional/ UFRJ(março/1998-março/2002), representante do Fórum de Ciência e Cultura no Conselho de Ensino para Graduados e Pesquisa – CEPG – da UFRJ (1992-2001), subchefe do Departamento de Antropologia do Museu Nacional/ UFRJ (períodos: setembro de 1990 a agosto de 1994; dezembro de 1994 a novembro de 1996; janeiro de 2010 a dezembro de 2011) e chefe desse mesmo Departamento (período: setembro de 1992 a agosto de 1994). Possui atuação no campo da educação indígena, com assessoria, por mais de dez anos, a projetos diretamente voltados para populações indígenas. Coordenou projetos de colaboração com equipes francesas no âmbito do acordo CAPES/COFECUB (projetos: Línguas da Amazônia: Estudos de Modalidade Cognitiva e de Prosódia , 2002-2005 e Rede Franco-Brasileira de Estudos das Línguas Indígenas do Brasil , 1997-1998; 1999-2001). Atuou como pesquisadora no CNRS (1994), junto ao então Laboratório de Etnolinguística Ameríndia, atual CELIA Centre d´Etudes des Langues Indigènes d’ Amérique. Em 2003, coordenou e executou a parte de linguística do CD-Rom Magüta Arü Inü [Pensamento dos Magüta ], que, sob a coordenação geral de Priscila Faulhaber, recebeu o prêmio Rodrigo de Melo Franco de Andrade (IPHAN-2003) categoria inventários e acervos de pesquisa. Recebeu ainda, em 2000, 2002, 2004, 2006, 2008, 2012 prêmio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Cientistas do Nosso Estado) pela elaboração de projetos voltados para línguas indígenas. Foi coordenadora do Grupo de Trabalho Línguas Indígenas, vinculado a ANPOLL (períodos 2007-2008 e 2009-2010). Foi também coordenadora geral do Projeto Rede de Formação de Novos Pesquisadores em Línguas Indígenas Brasileiras (Projeto PROCAD – Programa Nacional de Cooperação Acadêmica CAPES (Edital Procad N 01/ 2007), que envolveu a UFRJ, a UNICAMP e a UnB (2008 -2010). Atualmente, é coordenadora do projeto “Fonética e Fonologia: modelos teóricos, variação e arquitetura de gramática” (Projeto PRODOC- CAPES) e coordenadora do Grupo de Pesquisa Línguas Indígenas: Variação, Cognição e Estudos de Fonologia, Gramática e História. É docente do corpo permanente nos Programas de Pós-Graduação em Linguística/UFRJ e Antropologia Social (Museu Nacional/UFRJ) e docente colaborador no Programa de Pós-Graduação em Arqueologia (Museu Nacional/UFRJ). Suas principais áreas de atuação são: teoria e análise linguística, línguas indígenas, linguística histórica e linguística aplicada.