Título:Quando os constituintes à esquerda como estratégia de venda são silenciados: análise e tratamento político da sintaxe da corp(oralidade)
Orientador:Tânia da Conceição Clemente de Souza
Páginas:198
Linha de pesquisa:
A presente pesquisa toma como ponto de partida o trabalho de SALLES (2011) que investigou a sintaxe enquanto elemento verbal, sob enfoque teórico das teorias Sociolinguística e Funcionalista, em duas estruturas de constituintes à esquerda, utilizadas por vendedores ambulantes como estratégia de venda nos carros dos trens da SuperVia na cidade do Rio de Janeiro. O estudo revela a mudança de perspectiva teórica: a utilização da Análise de Discurso peuchetiana para tratar politicamente os dados. Dessa forma, buscamos compreender como o elemento não verbal – o corpo que configura a forma-sujeito vendedor ambulante informal da SuperVia – nas formas do silêncio e silenciamento, significa-se e é significado antes de sê-lo, dadas as condições de produção. Buscamos compreender a sintaxe da corp(oralidade) pelo tratamento algorítmico dado ao elemento não verbal pela proposta que se diferencia da de PÊCHEUX e LÉON (2011). Analisaremos as imagens, discutiremos e depreenderemos o papel e a significação da sintaxe da corp(oralidade), presente em dois movimentos de significação do silêncio. Esses movimentos se referem a duas posições ideológicas opostas e em confronto, a saber, marcadas pela individualização, no que tange à coerção legal, e pelo individualismo, relacionado à reação contrária do indivíduo, como alvitra HAROCHE (1992). Para tecer tamanha discussão e entender o fenômeno em tela, consideramos as relações do corpo dos vendedores ambulantes informais da SuperVia com o silêncio e o silenciamento, o flagrante, a questão da delinquência e da individualização e individualismo, a memória e os atravessamentos, a cidade e a contemporaneidade.